Nos últimos anos, o setor de Recursos Humanos (RH) tem navegado por um dos períodos mais turbulentos de sua história. A irrupção da pandemia de COVID-19 instigou uma série de transformações aceleradas nas relações de trabalho, pressionando organizações e profissionais a uma adaptação rápida a um cenário em constante evolução. Em 2024, embora a pandemia de COVID-19 tenha se tornado um capítulo anterior, suas reverberações continuam a redefinir o ambiente corporativo e a destacar o papel crítico do RH na condução dessas mudanças.
Segundo a pesquisa “Engajamento do RH em 2024” conduzida pelo instituto Great People, que envolveu 601 profissionais de RH brasileiros, as mudanças que começaram durante a pandemia ainda ecoam fortemente. A indagação “É necessário ir ao escritório todos os dias?” que antes era rara, agora se tornou comum e extremamente relevante. Os dados mostram que 49,4% dos profissionais de RH atuam presencialmente, 40,3% em modelo híbrido e 10,3% de forma totalmente remota. Esse rearranjo desafia a gestão de pessoas, especialmente em aspectos como saúde mental dos colaboradores e requalificação profissional em um mercado impactado pela Inteligência Artificial (IA).
Durante o ápice da pandemia, entre 2020 e 2022, os líderes de RH foram catapultados a um papel de destaque, muitas vezes ao lado dos CEOs, para orientar as empresas através das incertezas. Esse período intensificou a visão do RH como um agente de transformação nas organizações. No entanto, mesmo com a diminuição da crise, a influência do RH começou a recuar, embora seu papel continue sendo essencial.
A pesquisa aponta que mais de 50% dos profissionais de RH possuem autonomia relativa, necessitando alinhar suas decisões com outras lideranças e seguir normas e processos estabelecidos. Apenas 31,6% sentem que possuem alta autonomia, indicando uma redução de protagonismo em relação aos primeiros anos da pandemia.
A relação com a alta liderança é um dos desafios mais significantes. Enquanto 38,6% dos respondentes reportam uma relação próxima com a liderança e 35,3% uma relação muito próxima, apenas 46,9% se sentem considerados nas principais reuniões de negócios. Isso ressalta a necessidade de maior integração do RH nas decisões estratégicas das empresas.
Além disso, embora o “RH Estratégico” seja um conceito popular, muitas organizações ainda veem o RH como um departamento de tarefas transacionais, não como uma área estratégica fundamental.
Mais de 60% dos profissionais de RH classificam seu bem-estar como médio, o que pode sinalizar riscos de desengajamento. A pressão contínua e a alta responsabilidade são fatores que desafiam o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, muitas vezes sem o devido cuidado por parte das organizações.
A pesquisa também revela uma alta rotatividade no setor, com cerca de 20% dos profissionais buscando novas oportunidades. Apesar disso, mais de 70% não pretendem deixar a área de RH, destacando o compromisso com o impacto positivo de seu trabalho nas pessoas.
As descobertas da pesquisa “Engajamento do RH em 2024” enfatizam a dedicação contínua dos profissionais de RH ao desenvolvimento humano nas organizações. Entretanto, também destacam a necessidade de maior reconhecimento e valorização do RH como um pilar estratégico fundamental. A capacidade das organizações de reconhecer e apoiar o RH será decisiva para enfrentar os desafios de um mundo pós-pandêmico e para construir empresas mais saudáveis, éticas e humanas.
Na Experht, entendemos essas dinâmicas e oferecemos estratégias eficientes para ajudar as empresas a superarem esses desafios, promovendo uma gestão de pessoas mais eficaz e adaptada às necessidades do presente e do futuro. Fale conosco e saiba mais!
Receba mais conteúdo
Ajudamos sua empresa a desenvolver um capital humano resiliente, inovador e alinhado com sua visão de futuro.